Ainda sobre o leilão realizado em Paris das obras colecionadas por Yves Saint Laurent e Pierre Bergé durante toda uma vida, um fato curioso aconteceu essa semana. Duas esculturas do século 19 (as cabeças de um coelho e um rato de bronze com cerca de 40 cm de altura), que haviam sido, segundo conta-se, levado de Pequim, foram arrematadas por um colecionador de arte chinês, entretanto o autor dos lances milionários disse que não tem intenção alguma de pagar. O interessante é que o argumento toca em um ponto que volta e meia surge na mídia – o das obras que foram roubadas durante as guerras e reaparecem em museus, coleções etc.
A famosa Christie’s afirmou que não vai entregar as obras enquanto não for depositado a quantia, 15 milhões de euros (20 milhões de dólares) cada.
Segundo alguns estudiosos as obras fora de fato roubadas do Palácio de Verão de Pequim há cerca de 150 anos – demolido em 1860, por tropas francesas e britânicas. A população chinesa condenou a venda 'ilegal'. "A Administração de Estado dos vestígios e monumentos se opõe firmemente e condena qualquer venda de objetos culturais exportados ilegalmente. A Christie's terá que assumir todas as consequências desta venda", informou a Administração em comunicado publicado em seu site, alertando também para "graves consequências para o desenvolvimento da Christie's na China".
O Antigo Palácio de Verão, conhecido na China como os "Jardins da Perfeita Claridade".
A Associação para a Proteção da Arte Chinesa na Europa (Apace), com sede na capital francesa, tinha recorrido ao tribunal de Paris para obter a suspensão da venda.
Particularmente, eu concordo com o governo chinês.
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